As coisas do mar gostam do cheiro da cidade.
A cidade gosta mais ainda do cheiro do mar
e as coisas do mar têm
diferentes cheiros dependendo
da hora na cidade.
As ondas arrepiam os corpos
besuntados dos meninos.
Os gritos ao sentir nos pés
a indecisão da água.
O vai e fica na eterna dança com a areia.
Fica e vai, gela a brisa.
No vai e fica,
A cidade gosta mais ainda do cheiro do mar
e as coisas do mar têm
diferentes cheiros dependendo
da hora na cidade.
As ondas arrepiam os corpos
besuntados dos meninos.
Os gritos ao sentir nos pés
a indecisão da água.
O vai e fica na eterna dança com a areia.
Fica e vai, gela a brisa.
No vai e fica,
No vai e vem,
as cócegas nos pés do menino.
No fundo do azul,
Idéias e séculos soterram.
O mar ,
esse espelho de barulhos,
é o cálculo exato do nosso abismo.
Os erros bóiam como algas na espuma.
A noite cata conchas e lixo,
vírgulas deixadas à deriva.
No espelho do mar, estrelas são reticências.
No fundo do azul,
Idéias e séculos soterram.
O mar ,
esse espelho de barulhos,
é o cálculo exato do nosso abismo.
Os erros bóiam como algas na espuma.
A noite cata conchas e lixo,
vírgulas deixadas à deriva.
No espelho do mar, estrelas são reticências.
Cascatas caem do céu...
Com a água no pé,
tudo se afasta em um segundo
aproxima-se noutro
Entendo nesse segundo: sou vírgula para a vida.
Como sou vírgula, sou alquimia,
gaivota com fome,
tesouros abissais.
Com a água no pé,
tudo se afasta em um segundo
aproxima-se noutro
Entendo nesse segundo: sou vírgula para a vida.
Como sou vírgula, sou alquimia,
gaivota com fome,
tesouros abissais.
Migratória em ser eu.
No intervalo do que se arrasta ,
Meus olhos encantam no horizonte
No intervalo do que se arrasta ,
Meus olhos encantam no horizonte
a linha divisória do azul.
Água-viva queima os pés do menino durante o dia.
À noite, as reticências refletidas fazem tranças no velho mar.
Desvairadas, estrelas, a cutucar o universo,
enquanto nossos olhos procuram respostas.
Os barcos ancorados à espera da partida,
da magistral ida ou volta, sempre.
No vai e fica, a morte e a vida.
Água-viva queima os pés do menino durante o dia.
À noite, as reticências refletidas fazem tranças no velho mar.
Desvairadas, estrelas, a cutucar o universo,
enquanto nossos olhos procuram respostas.
Os barcos ancorados à espera da partida,
da magistral ida ou volta, sempre.
No vai e fica, a morte e a vida.
5 comentários:
Bem bom seu brinquedo com o velho Proteu do mar ora vai ora fica sendo todas as formas que não se pode segurar e definir.
O mar, e o profundo de nós mesmos.
As coisas e o modo de fazê-las serem: iguais, diferentes, equivalentes, tranparentes (e ainda assim revelam o que parece estar dentro), espelhos que são janelas, enfim, poesias que (re)-apresentam o mundo e o mar.
Parabens!
Mares e pensamentos. Contínua interrupção. A eterna finutide de suas barbas brancas sensibilizam poetas e afins.
Oi, minha amiga, saudade de sua poesia.
Grande beijo.
Você é incrível, Carla.
Um beijo,
Marina
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