Uma dose diária de ansiedade enlatada:
o despertador maníaco, o bocejo família,
as válvulas frouxas, minha máquina contida.
Existo a quilômetros de mim,
faminta da falta
de apetite dos Outros.
E na literatura de bulas,
sem perder de vista
meu regador de estradas,
em total desuso,
atualizo- me do mundo.
Espero...
Até que o entulho me anoiteça.
Durmo com promessas aos
deuses das papoulas.
Se só por um dia,
o despertador não me aceitar,
rasgarei o embrulho do presente
e do amanhã.
Gostarei apenas da incompletude da vida.
Das formas pueris das incertezas.
Vou experimentar a liberdade das rãs
descobrindo meus olhos,
em lua cheia.
Cavarei no meu peito
os abismos mais profundos
para me encontrar.
Assim,
Não haverá mais dias
enlatados de ansiedade.
Entenderei a arte de engatar o nada
E devorarei o recheio das minhas vertigens.
o despertador maníaco, o bocejo família,
as válvulas frouxas, minha máquina contida.
Existo a quilômetros de mim,
faminta da falta
de apetite dos Outros.
E na literatura de bulas,
sem perder de vista
meu regador de estradas,
em total desuso,
atualizo- me do mundo.
Espero...
Até que o entulho me anoiteça.
Durmo com promessas aos
deuses das papoulas.
Se só por um dia,
o despertador não me aceitar,
rasgarei o embrulho do presente
e do amanhã.
Gostarei apenas da incompletude da vida.
Das formas pueris das incertezas.
Vou experimentar a liberdade das rãs
descobrindo meus olhos,
em lua cheia.
Cavarei no meu peito
os abismos mais profundos
para me encontrar.
Assim,
Não haverá mais dias
enlatados de ansiedade.
Entenderei a arte de engatar o nada
E devorarei o recheio das minhas vertigens.